A minha visão de ativos e passivos

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Perceber esta diferença é fundamental no mundo das finanças, principalmente se estás no início da tua jornada. Muitas vezes ao comprarmos moradias, carros e outros bens pensamos estar a fazer um bom investimento, que contabilisticamente falando são ativos, estando a imobilizar os teus recursos em bens que são agora parte do teu património. No entanto, sabes dizer se te geram mais ganhos do que perdas? Neste artigo, vou expor a minha opinião sobre este tema, no melhor modelo skin in the game. Atitudes, escolhas e decisões tomadas que me levaram a ter uma visão fora da caixa e mudar a minha vida.

Faça escolhas certas, nas horas certas

Não sou economista, contabilista ou matemático, sou apenas um investido e, no meu entender, um passivo é tudo o que me gere despesas, diminuindo assim meu poder aquisitivo. Um imóvel, por exemplo, mesmo que seja adquirido com pronto pagamento, terás gastos com manutenção e impostos, enquanto este não te trouxer mais dinheiro do que tira, considero um passivo. O imóvel financiado é ainda pior, pois ficas preso ao banco por anos, a pagar faturas e o teu património está imobilizado num item com pouca liquidez. Não quer dizer que seja mau comprares um imóvel, mas se o fizeres no momento e de maneira errada, podes carregar este fardo para toda a vida. Não me faltam exemplos disto.

Outro exemplo de mau investimento, no meu ponto de vista, é adquirir um carro, que se desvaloriza assim que sai da loja e vai perdendo seu valor ao longo do tempo, além de uma série de gastos com impostos, combustível, manutenção, seguro, entre outros. São detalhes que atrasam a tua liberdade financeira, mas, se realmente precisas de um carro, por causa do trabalho, por exemplo, então pode ser um bom investimento. 

Tornei-me exemplo disto, quando vendi o meu carro, que valeria hoje metade do seu valor, e investi em bens que me geram fluxo de caixa. Ou seja, troquei algo que me gerava gastos por outra que me gera renda. Passado alguns anos, posso comprar um carro por ano somente com os rendimentos desses ativos, caso queira. Estamos a falar da bola de neve e do poder do longo prazo. Muitas vezes temos que fazer sacrifícios para poder atingir um nível acima, antes de antecipar os nossos sonhos.  Mesmo que fiques contente ao adquirir esses bens para o teu património, esses são investimentos que te geram gastos, ou seja, tiram-te dinheiro ao longo do tempo, fazendo com que permaneças cada vez mais na famosa “corrida dos ratos”. Isto é ainda pior quando as pessoas não percebem o que está a acontecer.

https://umapepitadesucesso.blogs.sapo.pt/a-corrida-dos-ratos-216545

O dinheiro é um excelente servo

Na minha visão, um investimento em ativos é tudo aquilo que adquires e te gera riqueza. Em outras palavras, é o dinheiro a trabalhar para gerar ainda mais dinheiro. Ao arrendares o teu imóvel, por exemplo, a um valor superior aos teus gastos com manutenção e financiamento, ele transforma-se num gerador de renda que, independentemente se trabalhas ou não, vem todos os meses para a tua conta. No entanto, tudo depende de oferta, procura, localização entre outros fatores, incluindo se este está arrendado ou não. Isto serve para todos os bens que adquires. Portanto é uma questão de ponto de vista. 

Em resumo…. “Património não paga faturas, rendimentos sim”

Quando investes em qualquer coisa que seja, isto torna-se parte do teu património. Porém, após escutar a frase acima, mudei totalmente o meu pensamento sobre os bens que compramos, mesmo que contabilisticamente sejam ativos. Aqui está um problema que ilude imensa gente. A meu ver, é um erro brutal. Precisamos de perceber que temos imensas formas de investir melhor o nosso dinheiro sem saltar etapas, e investir em ativos que sejam realmente ativos.

Parece tão simples, mas este problema atinge imensas pessoas, gera perda do poder de compra, gastos com bens, muita das vezes desnecessários e não planeados, que arrasam com as tuas finanças e pode chegar a um ponto sem retorno. 

Por isso investidores, cada vez mais é importante aprenderes a cuidar das tuas finanças pessoais e investir no teu conhecimento, para saberes diferenciar um bom investimento de um mau investimento. 

(Gostaria de deixar aqui um disclaimer, a lembrar que o que escrevo são as minhas opiniões, baseadas em experiências de vida e investimentos pessoais)

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